Dia
12 de abril, às 18 horas, no Palácio Pedro Ernesto, a Professora Drª Lia Faria
receberá, das mãos do Vereador Leonel Brizola Neto, a medalha Pedro Ernesto,
pelo reconhecimento das atividades realizadas, pela homenageada, na área de Educação.
Não
é o primeiro reconhecimento do trabalho de Lia, sequer sua primeira medalha: em
2003, recebeu a Menção Honrosa da
Faculdade da Região dos Lagos; a Medalha Tiradentes, da Assembleia Legislativa
do Estado do Rio de Janeiro; em 2001, a Moção
de Aplausos e Congratulações do Centro
de Apoio à Mulher , do Grupo de Integração Social de Trajano de Moraes; em
2000, Moção de Aplausos e Agradecimento, da Câmara Municipal de Natividade, RJ; a Moção
de Congratulações, Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro; a Medalha
Mérito Dom João VI, da Policia Militar
do Estado do Rio de Janeiro; o título de Cidadão
Honorário, da Câmara Municipal de Bom
Jardim, RJ; a Medalha de Honra ao Mérito - Dia das Mães, da Câmara Municipal do Rio de Janeiro.; o Título
de Cidadania Bom-Jardinense, da Câmara
Municipal de Bom Jardim; a Indicação para a composição da Câmara Nacional de
Educação Básica do Conselho Nacional de Educação, UNDIME / Conselho Estadual de
Educação; o Título de Personalidade Educacional 2000, da Associação Brasileira
de Educação, da Associação Brasileira de Imprensa e da Folha Dirigida; o Grau
de Grande Oficial da Ordem do Mérito Policial Militar, Governo do Estado do Rio
de Janeiro; em 1999, a Moção de Parabéns, da Câmara Municipal de Porciúncula, RJ; a Moção
de Congratulações e Aplausos, Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro; o Prêmio
Cidadania, da Associação Beneficente Rio Criança Cidadã – ABRCC; a Moção de
Agradecimento, da Câmara Municipal de
Porciúncula; o Prêmio de Mulher Destaque, PDT - Movimento Estadual de Mulheres –
RJ; a Medalha Mérito Avante Bombeiro,
Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro; em 1998, a Medalha
Legislativa Municipal do Mérito Dr. José Clemente Pereira, da Câmara Municipal
de Niterói; o Título de Honra ao Mérito, da G.R.E.S. Mocidade Unida de Jacarepaguá; o Título
de Conselheira Honorária, do Conselho
Municipal de Educação de Niterói; a Homenagem pelo Dia da Mulher Brasileira, da Ordem dos Advogados do Brasil, Seção do Rio
de Janeiro; em 1997, o Título de Cidadã Friburguense, da Câmara Municipal de Nova Friburgo; o Voto
de Louvor, da Câmara Municipal de Nova
Friburgo, RJ; a Moção de Apoio, Ordem dos Advogados do Brasil, Seção do Rio de
Janeiro; em 1996, o Diploma de Agradecimento, da Associação dos Diplomados da Escola
Superior de Guerra; a Moção de Congratulações, da Câmara Municipal de Niterói;
em 1994, a Moção de Aplausos e Congratulações, da Assembleia Legislativa do
Estado do Rio de Janeiro; em 1991, o Prêmio de Publicação, do XI Concurso Raymundo Correa de Poesia; a Moção
de Aplausos, da Câmara Municipal de Niterói; o Título de Delegada da União
Internacional Socialista de Educação, da
União Internacional Socialista de Educação; em 1990, a Homenagem pelos
relevantes serviços prestados, da Prefeitura
Municipal de Volta Redonda; em 1986, o Título de Cidadã Gonçalense, da Câmara Municipal de São Gonçalo; em 1985, a
Moção de Aplausos, da Câmara Municipal de São Gonçalo.
Todos
as homenagens fizeram jus a educadora, a política, a mãe, a esposa Lia. Queria
conversar sobre outra Lia. A Lia mulher do século XX.
Ao
defender minha dissertação de Mestrado tive a honra de tê-la, e conhecê-la,
como parte de minha banca de avaliação. Recebi dela um livro, sobre seus
estudos sobre a mulher, prefaciado pelo saudoso antropólogo brasileiro, Darcy
Ribeiro, com quem ela trabalhou 16 anos. Este prefácio, impregnado da Lia
mulher, o que se complementa na sua narrativa, invoca memórias que, por
coletivas, são também minhas e daí minha imediata identificação.
Lia
não é, decididamente uma mulher comum. Não por ser culta. Não por ser muito
simples. Não por ter um discurso coerente que envolve a plateia, sem que esta
se aperceba pelas muitas identificações que provoca, exatamente como sua
narrativa escrita fez comigo.
A
pessoa de Lia é, por ela mesma, uma fuga dos estereótipos das representações dos cargos que assumiu ao longo de sua vida. Lembro
que, no aeroporto de Vitória, junto com Roberto, o amor que escolheu para amar
junto e partilhar a vida, ela pegou de minhas mãos uma pesada sacola de livros
que eu, ali numa cadeira de rodas, cismava em trazer para o Rio. Ali, era a
Diretora da Faculdade de Educação da UERJ, a carregar os livros que a aluna do
Mestrado comprara no Congresso. Outra: todas as quintas-feiras, senta-se, numa
sala de aula, Lia, junto aos alunos do Mestrado e Doutorado da UERJ, inclusive de sua próprias orientandas, a aprender, como
nós, com o Professor Dr. Joaquim Pintassilgo, da Universidade de Lisboa
(atualmente professor visitante da UERJ), sobre a formação docente portuguesa.
É a Lia aluna que lembra a hora do café, que troca experiências com os demais
alunos e, até encara, com a alegria, as brincadeiras que todos, inclusive ela
mesma, fazem.
Tudo
isso não foi para dizer que Lia é merecedora da Medalha Pedro Ernesto porque tem
dedicado sua vida à Educação. Foi para instigar você, que não conhece Lia
Faria, mas está no centro da cidade no dia 12 de abril, a ouvir e conhecer uma
mulher do século XX, que encarou a vida, como todas as demais de seu tempo,
para dar a mulher a posição, no tecido social, que hoje ocupa.
Por
que foi assim o movimento feminista no Brasil. Não teve ato fundador, até
porque mulheres educadoras protestavam e
se posicionavam, no início do oitocentos. Não foi a mulher a ou b, porque
viajou – porque tinha condições de fazê-lo – para outros países para lutar,
melhor dizendo discursar, sobre a emancipação feminina. Mas, esta história é
outra, que estudo e gosto de discutir... Quero falar sobre Lia.
Tudo
isso é para instigar a ver e ouvir uma mulher, educadora, política, simples,
alegre. Venha ouvir e ver Lia Faria, o exemplo de uma mulher do século XX.
Ah,
para não perder o caminho da História, bonito ver o neto de Brizola entregar a
Lia Faria, uma mulher do PDT( criado bravamente pelo avô), a Medalha Pedro Ernesto[1], a
mais importante comenda do município
do Rio de Janeiro (criada em
1980), concedida pela Câmara Municipal, após aprovação em Plenário, às
personalidades que mais se destacaram na sociedade brasileira em suas respectivas
áreas de atuação!
[1] Pedro Ernesto Baptista foi um político brasileiro, prefeito
da cidade do Rio de Janeiro, então Distrito Federal, por dois
períodos, entre 30 de setembro de 1931 e 2 de
outubro de 1934 e entre 7 de abril de 1935 e 4 de
abril de 1936.Considerado um dos maiores benfeitores das Escolas de Samba.Chegou a ser cotado para
a Presidência da República, antes de ser preso, sob acusação de ser comunista. A Câmara de Vereadores da cidade do Rio de Janeiro instituiu uma medalha com
seu nome. Também levam o nome do prefeito o hospital universitário da UERJ e uma rua, no bairro carioca da Gamboa. Em 2009, sua memória foi lembrada no desfile da Escola
de Samba Unidos de Cosmos.
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