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sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

A epidemia do século XIX que mudou o Rio de Janeiro no século XX




Bota-abaixo  (Malta)


            Tenho pesquisado bastante sobre o Rio de Janeiro dos primeiros anos do século XX para tentar entender a sociedade em que Esther Pedreira de Mello, cuja vida investigo, viveu, foi normalista da Escola Normal do Distrito Federal; inspetora-escolar, professora de Pedagogia e diretora da Escola Normal; Ministra da Fraternidade da Ordem Secular do Convento de Santo Antonio; fundadora e diretora da Escola Secundária Feminina; redatora do periódico O Estudo; presidente e acionista majoritária da Sociedade Anônima A Escola Primária; além de outras atividades laboriais e solidárias. Por conta desta mulher  complexa estudo mais o Rio de Janeiro e, lendo, descobri coisas interessantes que vou, se me permitem, compartilhando. Claro, transcrevo partes de minha tese, por isso desculpem se não coloquei, na transcrição, todas as fontes nas referências, mas se houver interesse, procuro no meu texto.



Fonte: Biblioteca Nacional


A febre amarela epidêmica

As ultimas noticias do Rio de Janeiro, datadas de 29 de março, anunciam que naquella época a intensidade da febre amarella tinha apenas diminuído no Rio de Janeiro, contando-se ainda na cidade mais de 200 falecimentos por dia. (Gazette Medicále, de 6 de julho de 1850, apud REGO, 1851, p. 149)

           
Após a epidemia de febre amarela de 1850, com excessivo número de mortos, dos 166.000 habitantes, a doença atingiu 90.658, causando 4.160 mortes (RODRIGUES, 1995, p.29). [1], modificaram-se hábitos nos enterramentos na cidade do Rio de Janeiro, através de normas profiláticas e sociais. 
Não mais foi permitido, por exemplo, velar o morto nas igrejas. O velamento passou a ser, então, dividido entre a igreja, ainda que sob proibição, e o lar. Para de todo retirar da igreja o velamento, a Prefeitura mandou que a Ordem Terceira de São Francisco de Paula construísse, no Cemitério do Catumbi, uma capela específica que foi, depois, também instituída nos dois outros cemitérios da cidade. (ibidem, p.215).
As mudanças ocorridas no século XIX, por conta da epidemia de 1850, na cidade do Rio de Janeiro, provocaram outras alterações, e essas modificações, outras, sob a mesma base profilática. De tal modo que, em um curto período, devido à epidemia, grandes alterações foram sentidas nas tradições culturais da sociedade carioca inclusive o do banimento ou permanência de algumas profissões.
            Dos trabalhadores ligados à morte, que ainda existem, ainda que não no meio da rua, João do Rio (2008) comenta:
— Que espécie de gente é essa?
— Oh! não conhece? São os urubus!
— Urubus?
— Sim, os corvos...  É o nome pelo qual são conhecidos aqui agenciadores de coroas e fazendas para luto. Não é muito numerosa a classe, mas que faro, que atividade!
— Os agenciadores de coroas levantam-se de madrugada e compram todos os jornais para ver quais os homens importantes falecidos na véspera. Defunto pobre não precisa de luxo, e coroa é luxo. Logo que tomam as notas disparam para a casa do morto e propõem adiantar o que for necessário para o enterro, com a condição de se lhes comprarem as coroas. Algumas casas têm mesmo nos cartões os seguintes dizeres — encarregam-se de tratar de enterros sem cobrar comissão de espécie alguma. E os títulos dessas casas davam para um tratado de psicologia recreativa. Há os poéticos os delicados, os floridos, os babosos, os fúnebres — “Tributo da Saudade”, “Coroa de Violetas”, “Flor de Lis”, “Bogari”, “A Jardineira”, “Coroa de Rosas”...
— Mas...e estes homens aqui?
— Estes homens são os urubus de Santa Luzia[2] [...] (p.27)

          Estes ofícios de rua, na sociedade que crescia e se redimensionava, mesmo tendo começado com negros já alcançavam os imigrantes, o que contrapunha as expectativas de ter um empregado pobre, mas branco e europeu. João do Rio (2008) cita, na cidade do Rio de Janeiro, os seguintes ofícios exercidos na rua, uma parte deles, extintos ou enclausurados em cubículos, por medidas profiláticas oriundas da grande epidemia de 1850: ambulantes, caixeiros, os pintores[3] marcadores[4], “camelots de livros”[5], músicos ambulantes[6] e outros tipos urbanos característicos desta cidade no início do século XX.
           Aos poucos, os chamados “civilizados”, os imigrantes, disputavam espaços de trabalho braçal com negros de tal forma que o que era visto como “decadência social” vai transmutando-se como aceitável (SILVA, 2009).
            As medidas profiláticas do século XIX atravessaram aquele século e persistiram nos primeiros anos do século XX, atacando e combatendo muitos dos costumes populares como o de cuspir no chão, nos bondes e nas lojas; proibindo  a venda de ambulantes e o comércio de leite que levava a vaca de porta em porta e a criação de porcos nos limites urbanos; coibindo a exposição da carne na porta dos açougues; vetando a circulação de cães vadios; tolhendo o descuido dos proprietários com a necessária pintura das fachadas das casas e comércios; vedando o entrudo e os “costumes bárbaros” e “incultos”.(NEEDELL,1993)
          O mapa dos primeiros anos do século XX deixa visível o grande número de ruas próximas ao porto ainda em estágio de poucos aterramentos destas áreas, mas apresenta, também, o crescimento da cidade nos traçados de ruas além do centro comercial. As ruas antes ruelas, estreitas e mal cheirosas, se alargam, passam por limpeza, da companhia de limpeza encarregada do serviço.
          Também faziam parte destas causas higiênico-profiláticas as modernidades importadas durante e após a primeira grande guerra mundial, que direta ou indiretamente, alteraram topográfica e culturalmente a cidade do Rio de Janeiro, como o bonde movido a eletricidade que vai, por entre a linha elétrica, cortando a cidade e ligando os bairros.. Explica o historiador Hobsbawn (1998) que a história dos países nos séculos XIX  e XX é a história da tentativa de imitar o “mundo civilizado”.
          Um aspecto interessante é que os banhos de mar, profiláticos desde que D. João VI deles se valeu, voltam à moda e levam para os bairros litorâneos uma parcela da população que, saída das chácaras, prefere morar onde o ar é mais limpo. Naquele momento a especulação imobiliária se faz sentir mais forte, o que, desde a derrubada do Cabeça de Porco (1893), se fazia presente no centro, encaminha-se para as zona litorânea. Assim, só quem tinha dinheiro podia ali residir.
 Como a cidade do Rio de Janeiro era o espelho e a vitrine de uma nação que desejava civilizar-se em moldes europeus, desde o Império (movimento realçado na república que desejava como novo regime situar-se moderna e industrializada) urgia que providências profiláticas fossem tomadas com prioridade e rigor para mudar o quadro deixado pela epidemia no Rio de Janeiro.
Precisava-se arejar a cidade, abrindo largas avenidas como Hausmann[7] fizera em Paris, pois que a malária, a febre amarela e os demais males dos trópicos, matavam e desqualificavam a vitrine de modernidade que se pretendia implantar; havia urgência também em providenciar o embelezamento através do desaparecimento rápido dos cortiços que assomavam ao porto e enfeiavam o Rio de Janeiro, com suas construções e sua gente pobre, dentro e fora das moradias, à chegada dos visitantes.
Rodrigues Alves transformou, pautando como meta de seu governo, apoiado pelo assédio ininterrupto da imprensa, a urbanização da capital do país, a cidade do Rio de Janeiro. Ao Engenheiro Paulo de Frontin o presidente encarregou de abrir, aos moldes haussmanianos, a Avenida Central que atravessaria a Cidade Velha até a parte norte das docas; o Engenheiro Lauro Frederico Muller ficou encarregado de aterrar, modernizar e costear a avenida que comunicava o centro e os bairros operários e industriais da zona norte, depois chamada de Rodrigues Alves. Estas medidas também conferiam a quem delas participasse prestigiar (-se) e aliar à sua a imagem de moderno, civilizado e higienista. A todos interessava ser visto como moderno, como preocupado com a higiene, como promotor e incentivador da civilização na cidade do Rio de Janeiro.
Grande parte da cidade velha foi posta abaixo: ruas foram alargadas, foram alterados os traçados de outras ruas, facilitou-se a comunicação com a zona sul e com a zona norte. Pavimentaram-se ruas, asfaltaram-se estradas, abriu-se um túnel no Leme, enfim, remodelou-se a cidade (NEEDELL, 1993).
A medicina, com as novas práticas de enterramento adotadas em 1850, passa a ter visibilidade e “a ser encarada como apoio científico indispensável ao exercício do poder do Estado” (RODRIGUES, 1995, p.56), deslocando-a da cura de doenças para a proteção à saúde.
O Dr. Rego (1851) escreveu seu livro sobre a grande epidemia apresentando não só os medicamentos utilizados no tratamento, as hipóteses de contágio, estatísticas de atendimento médico em diferentes espaços públicos e privados. Sua obra é, além de uma referência história, nas palavras dele, “de utilidade e interesse [à] sciencia, e à historia medica do paiz [...] para o proceder futuro da autoridade publica” (p.1).
Referências
REGO, Jose Pereira. História e descrição da febre amarela epidémica que grassou no Rio de Janeiro em 1850. Rio de Janeiro: Typ. Francisco de Paula Brito, 1851. In: REGO, Jose Pereira. História e descrição da febre amarela epidémica que grassou no Rio de Janeiro em 1850.  Coleção biblioteca Carioca. Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, 1990

RIO, João. A Alma encantadora das ruas. Raul Antelo (org). São Paulo: Companhia das Letras, 2008.

RODRIGUES, Cláudia. Lugares dos Mortos na cidade dos vivos: tradições e transformações fúnebres no Rio de Janeiro. Coleção Biblioteca Carioca, vol.43Rio de Janeiro: Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro/ Secretaria Municipal de Cultura/Departamento Geral de Documentação e Informação Cultural/Divisão de Editoração, 1997






[1]  Ver também REGO, José Pereira. História e descrição da febre amarela epidémica que grassou no Rio de Janeiro em 1850. Rio de Janeiro: Typ. Francisco de Paula Brito, 185 1. In: REGO, Jose Pereira. História e descrição da febre amarela epidémica que grassou no Rio de Janeiro em 1850.  Coleção biblioteca Carioca. Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, 1990
[2] O autor faz referência a Rua de Santa Luzia ao tempo em que a igreja era costeira.
[3] Pintores de estabelecimentos comerciais, pintores de tabuletas comerciais. Os pintores de tabuletas resignam-se. “Eles, os escritores desse grande livro colorido da cidade, têm a paciência lendária dos iluministas medievos, eles fazem parte da grande massa para que o Reclamo foi criado — são pobres.”
[4]Tatuadores.  “Há três casos de tatuagem no Rio, completamente diversos na sua significação moral: os
negros, os turcos com o fundo religioso e o bando das meretrizes, dos rufiões e dos humildes, que se marcam por crime ou por ociosidades.” (RIO,2008, p.18)
[5] Vendedores de livros populares como a Bíblia, católica e espírita, e outros, de autores  desconhecidos, sobre o testamento dos bichos, sortilégios, etc. que não eram vendidos nas livrarias (RIO, 2008, pp.29-33)
[6] “Esta cidade é essencialmente musica, era impossível passar sem os músicos ambulantes.” (RIO, 2008, p.42)
[7] Georges-Eugène Haussmann (1809-1891) foi o remodelador da cidade de Paris. Abriu largas avenidas, criou o sistema de distribuição de água e de distribuição de esgotos.

sábado, 2 de fevereiro de 2013

O CONCEITO DE PATRIMÔNIO E O CASO DO ANTIGO MUSEU DO ÍNDIO NO MARACANÃ, dentre outros

Containers que abrigam artefatos achados no Cais do Valongo
Escola Frienderech
Teatro Carlos Gomes interditado


Antigo Museu do índio



Não parece, mas vivemos em uma cidade, a única no mundo, que foi considerada pela UNESCO “Patrimônio Cultural da Humanidade”.
Que é patrimônio?[1]
Patrimônio. Esta bela e antiga palavra estava, na origem, ligada às estruturas familiares, econômicas e jurídicas de uma sociedade estável, enraizada no espaço e no tempo. Requalificada por diversos adjetivos (genético, natural, histórico, etc.) que fizeram dela um conceito "nômade", ela segue hoje uma trajetória diferente e retumbante. Patrimônio histórico. A expressão designa um bem destinado ao usufruto de uma comunidade que se ampliou a dimensões planetárias, constituído pela acumulação contínua de uma diversidade de objetos que se congregam por seu passado comum: obras e obras-primas das belas-artes e das artes aplicadas, trabalhos e produtos de todos os saberes e savoir-faire dos seres humanos. Em nossa sociedade errante, constantemente transformada pela mobilidade e ubiquidade de seu presente, "patrimônio histórico" tornou-se uma das palavras-chaves da tribo midiática. Ela remete a uma instituição e a uma mentalidade. A transferência semântica sofrida pela palavra revela a opacidade da coisa. O patrimônio histórico e as condutas a ele associadas encontram-se presos em estratos de significados cujas ambiguidades e contradições articulam e desarticulam dois mundos e duas visões de mundo. O culto que se rende hoje ao patrimônio histórico deve merecer de nós mais que a simples aprovação. Ele requer um questionamento porque se constitui num elemento revelador, negligenciado mas brilhante, de uma condição da sociedade e das questões que ela encerra. (CHOAY, 2000, p. 11-12)

Carioca e historiadora, gosto de ver preservados os monumentos desta minha cidade que tantas transformações sofreu desde 1565. Mudança de lugar (do Morro do Castelo para a planície, do centro para os bairros, etc.), alterações topográficas (tantas, dentre elas: desmonte de morros, aterramentos de mangues, desvios hidrográficos, etc.), alterações de vias (alargamentos de vielas estreitas, derrubada de cortiços e habitações populares, criação de boulevares) enfim. Alterações que foram mudando a cidade. Romero (2004) ao tratar da história das cidades latino-americanas apresenta-as como “lugar das mudanças”, explicando que elas podem dar a perceber interpretações historiográficas para iluminar o fenômeno das ideias nelas produzidas, fazendo peculiar o estudo de cada estrutura urbana porque remete às ideias ali construídas e sedimentadas[2].
Ao usar a expressão “não parece” no início deste meu triste desabafo, levo em conta os recentes fatos, explorados à exaustação pela mídia, da destruição do antigo Museu do Índio (onde nosso primeiro morador, o índio, teve que defender um espaço construído pelo homem branco e “civilizado” no século XIX); das peças arqueológicas encontradas no Cais do Valongo e depositadas em um container (naturalmente esperando que Deus olhe pelos artefatos que o homem do passado produziu); da escola Friedenreich (onde os professores, alunos e povo do Rio de Janeiro tiveram que explicar ao Prefeito da cidade, que se diz carioca, que a arquitetura escolar é patrimônio arquitetônico[3]).
Ao mesmo tempo, descobre-se, por conta da tragédia de Santa Maria (RS), que comoveu o país, ceifando vidas de tantos jovens, que  a comoção serviu para mostrar ao Prefeito e ao Governador que um número imenso de “lugares de cultura”, e me perdoem pela apropriação do termo de Pierre Nora[4],teatros, centros de exposições, bibliotecas foram INTERDITADOS porque não ofereciam segurança ao usuário e/ou não estavam com sua documentação correta ou não teriam sido avaliados pelo Corpo de Bombeiros. E me pergunto, sem conseguir responder-me: mas só agora descobriram isso? E aquele restaurante que explodiu na Praça Tiradentes, também ceifando vidas, que ninguém sabia (os bombeiros então?!) que tinha botijões de gás, em lugar indevido? Se o caso não fosse tão sério com acontecimentos tão trágicos, diria que estão querendo brincar com o povo que mora no Rio de Janeiro.
Ao ouvir nosso governador, filho de uma professora do Instituto de Educação, com quem já conversei, responsável pelo Museu da República e de um pesquisador como Sérgio Cabral, reconhecidamente um culto e sério, da cultura dita popular[5], dizer para milhões de telespectadores “que os índios não estão ali desde 1876, ou de 1786, ou...” Que bobagem!!! Desde quando governador patrimônio se mede por tempo de ocupação? Fosse assim, eu atravessava a baía de Guanabara e mandava destruir aquele maravilhoso museu que Niemeyer projetou e que integra acervo inestimável de nossa cultura arquitetônica. Ora Sérgio!!!
Eu não sou “gente importante”, não desejo 15 minutos de fama em mídia. Sou uma pesquisadora carioca que penso e digo o que penso. Mas peço que os administradores, Sérgio e Eduardo, levem em conta o que esta cidade representa e sempre representou. Levamos anos para sair do ostracismo a que a ditadura militar nos relegou. Saímos. O país inteiro pegou “carona”: seja nos royalties do petróleo, seja nos eventos que sediaremos (só o último jogo da Copa será realizado no Maracanã). Mas, não me lembro de, apesar da ditadura, ver algum estado da combalida federação brasileira ter lamentado o ocaso de uma cidade que foi sede da monarquia, sede da república, estado, ter sido incorporada a outro estado. Agora, na “mão grande” (não ligue, não, é uma expressão bem carioca da cultura popular, pergunte  a quem entende) vão levando tudo, e nossos administradores aceitam, sorrindo. Nós, os habitantes do Rio de Janeiro, não aceitamos.
Tudo isso é para dizer que, se a escola não vai abaixo (não ressuscite Pereira Passos, Eduardo, que vai uma distância grande e os objetivos dele não eram tão “nobres” assim como você pensa[6]) deva-o aos professores, alunos e ao povo do Rio de Janeiro. Se o antigo Museu do Índio não vai abaixo, deva-o aos índios que desde 1996 ocupam o espaço que o Estado descartou (olha só, Sérgio, você que conhece Paris [eu não tive esta sorte, sou professora do Estado e Município por concurso público, aposentada] deveria saber que lá, em Paris, o patrimônio é respeitado).
E o que você faz, ou tenta, sai querendo derrubar qualquer coisa que A ou B não consideram patrimônio!!! Em Paris, até o que restou das obras de Haussmann – o mentor intelectual das reformas no Rio do início do século – estão lá, como patrimônio.
Mas o povo não se mexeu quanto aos artefatos do Cais de Valongo, Eduardo. Vai jogar no lixo? Pelo menos escolha o lixo de um pesquisador, um antropólogo, um arqueólogo, um historiador... ele vai valorizar, porque vai pesquisar mais um pedaço da história desta cidade linda.
E quanto aos nossos “lugares de cultura”, Eduardo e Sérgio, é simples: ao invés de colocarem nos postos públicos pessoas amigas despreparadas que nem trabalham nem gerenciam, como se fazia nos tempos coloniais no Rio de Janeiro onde “quem tinha padrinho não morria pagão” (desculpe a Corporação do Corpo de Bombeiros, mas quando foi mesmo que os bombeiros vistoriaram prédios neste Rio de Janeiro de “meu Deus”?), exijam que a cidade seja respeitada. Nós vamos gostar!



[1] Ver mais em CHOAY, Françoise. Alegoria do Patrimônio. Tradução de Luciano Vieira Machado. São Paulo: UNESP, 2000.
[2] Ver mais em ROMERO, José Luis. América Latina: as cidades e as ideias. Apresentação. Rio de Janeiro: Ed. UFRJ, 2004, pp. 7-23
[3] Ver mais em ESCOLANO, Agustín. Arquitetura como programa. Espaço- escola e currículo. In VIÑAO FRAGO, Antonio e ESCOLANO, Agustín. Currículo, espaço e subjetividade: a arquitetura como programa. Trad. Alfredo Veiga-Neto. Rio de Janeiro: DP&A, 1998. pp.21-57
[4] Ver mais em NORA, Pierre. Entre memória e história: a problemática dos lugares. In: Projeto História. São Paulo, nº 10, p. 7-28, dez. 1993.
[5] Ver mais em CHARTIER, Roger. “Cultura Popular”: revisitando um conceito historiográfico. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, vol. 8, n . 16, 1995, p.179-192.
[6] Para saber mais leia: ROCHA, Oswaldo Porto. A Era das Demolições: cidade do Rio de Janeiro(1870- 1920)/ CARVALHO, Lia de Aquino. Habitações Populares: Rio de Janeiro (1866-1906). 2ª ed. Rio de Janeiro: Secretaria Municipal de Cultura, Departamento Geral de doc. E Inf. Cultural, Divisão de Editoração, 1995.