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terça-feira, 21 de janeiro de 2014

PROFESSOR UBIRATAN VIANNA: UM PROFESSOR DE PROFESSORES


Professor Ubiratan Vianna  e professoras amigas, entre as quais, à esquerda, minha irmã Elizabeth e eu.
Hoje eu vim me despedir de um amigo. Um amigo que não era só meu e que conheci através do meu trabalho. Este amigo, assim o tinha e do mesmo modo por ele era tratada, era um professor. O professor UBIRATAN VIANNA. Foi diretor do Instituto Superior de Educação do Rio de Janeiro. Era um homem sábio.

            
            Hoje me despeço de um professor como pouquíssimos vi em quase meio século no magistério. Com um olhar de professor, aquele que vê a pedra bruta e enxerga o diamante, o professor UBIRATAN VIANNA via nos seus companheiros de trabalho não um inimigo,  ou um concorrente, alguém com quem devesse duelar; mas alguém que, com a experiência que trazia, enriqueceria um trabalho comum e coletivo. Infelizmente o Instituto Superior de Educação do Rio de Janeiro não viu isso, não acreditou nele e, também  não pode usufruir, como merecia, da experiência, da sensibilidade, do saber, e dos amigos que habilmente fazia. Preferiu o vazio de discursos inócuos. Que pena!
            O professor UBIRATAN VIANNA ao chegar ao ISERJ viu e valorizou, como nunca antes na instituição, em primeiro lugar a memória e a história institucional. Quis tornar o ISERJ o Instituto dos anos dourados. Não conseguiu. Contra ele se levantaram os símbolos do atraso e do desgaste, e os servidores, acompanharam a velha obliquidade da educação em nosso desalentado estado, com medo de perseguições posteriores, que houve. Eu o diga..
            Este homem baixo, magro, com um aperto de mão seguro, valorizou a memória e a história institucional. Sempre. Ele permitiu que eu criasse o Centro de Memória Institucional do ISERJ me dando todo o apoio que precisava para viabilizar o intento que hoje, de nome mudado, como se tivesse nos documentos mais que a história institucional, quer abarcar fontes que não possui. Para ter acesso a fontes que meia dúzia de pessoas tinha acesso, antes do CEMI dependia-se de boa-vontade. Após o CEMI não. Todos que desejassem conhecer a história institucional podiam. Tenho hoje, e agradeço por isso, o reconhecimento dos meus pares historiadores da educação por haver criado o CEMI. Devo a ele ter podido fazer este trabalho. Tudo que pedia a ele para realizar o trabalho, o tive: de funcionários a material.
            O professor UBIRATAN VIANNA sempre reconheceu o trabalho de cada pessoa dentro do ISERJ, não só o meu. Que o digam, dentre tantos, minha irmã Elizabeth, Waleska, Ana Diogo, Lúcia, Angela Leão, Selma.... Oriundo da velha cepa de professores ele usava o carisma e as brandas palavras, mesmo quando enérgicas, para atingir seu objetivo de renovar e oxigenar uma velha escola. Do mais humilde funcionário ao mais alto hierarquicamente, todos, eram tratados com respeito.
            Ele homenageou velhos professores e velhos funcionários que se aposentaram e nunca receberam um “obrigado” e um “até breve institucional” com placas com o prédio histórico do ISERJ estampado e os dizeres “Você fez parte desta história”. Ele homenageou professores e funcionários com placas com seus nomes encimando os umbrais de suas salas de trabalho. Eu também fui nome da sala 300 A. Infelizmente, a minha foi retirada na nova administração. Mas o gesto do professor, mesmo que materialmente ocultado, foi importante para mim.
            Tanto o senhor fez professor, pelo ISERJ e pelas outras escolas que dirigiu! A Educação lhe deve tanto! Nós os professores e funcionários que pudemos privar de sua amizade e seu saber lhe devemos tanto! Aprendemos com o senhor a tolerância, reafirmamos com o senhor, o amor à educação, aprendemos a ver no outro um diamante a lapidar, reconhecemos no outro, um igual a somar forças.
            O senhor nos ensinou muito e creio, hoje, ficamos órfãos de um grande professor. Ficamos mais vazios sem o amigo que ria junto a tomar uma cerveja geladinha, a torcer pela Beija Flor. O ISERJ que sequer lhe deu o seu retrato na galeria de diretores, perdeu a oportunidade de redimir-se, mas O SENHOR, PROFESSOR UBIRATAN VIANNA,  FEZ PARTE DESSA HISTÓRIA!
            Eu perdi um amigo a quem eu respeitava e que me respeitava. Perdi um mestre que ajudava a iluminar os caminhos mais escuros.
            Talvez o céu precise de professores como o senhor: um professor de professores, um amigo de todas as horas dos funcionários. Vá em frente, meu amigo, continue a ensinar. Seus amigos, dentre eles, essa professora agradecida e triste, vão sentir a falta da presença física, mas, certamente, terão seus ensinamentos sempre junto.

            Até breve!

sábado, 11 de janeiro de 2014

A Formação do Carnaval Carioca

Como uma atividade meramente recreativa, criação de filhos e netos de escravos,
se transforma na maior festa brasileira e, para muitos, 
no maior espetáculo da terra?



Nome dado por Heitor dos Prazeres a uma região compreendida pela Zona Portuária do Rio de Janeiro, Gamboa, Saúde e Praça XI, onde se encontrava a comunidade remanescente de Quilombos da Pedra do Sal, Santo Cristo, e outros locais habitada por escravos alforriados e que, de 1850 até 1920, foram conhecidos por Pequena África.



Esta questão será respondida através de cinco encontros com o meu amigo, o pesquisador LUIS CARLOS MAGALHÃES.

LUIS CARLOS MAGALHÃES é professor da disciplina "Musicalização do Espetáculo" do Curso de Figurinos de Carnaval da Universidade Veiga de Almeida, comentarista de carnaval da Rádio Tupi e diretor cultural da Portela, além de profícuo pesquisador da História das Escolas de Samba.

O curso aborda a história do carnaval carioca e nele, a história das escolas de samba. Aborda a população carioca no início do século XX, as imigrações, a presença e atividade das tias baianas no Rio de Janeiro.

Apresenta o berço da baianidade carioca, o recôncavo e a pequena África, suas características e importância. Identifica as transformações da cidade e os espaços sociais do carnaval no início do século passado, a influência de diversos ritmos e danças africanos e europeus que resultaram no samba amaxixado da Praça XI para o samba sincopado do Estácio. Expõe, também, a evolução da canção carnavalesca,  os ranchos, cordões e a evolução dos blocos de rua.

É tama importante para quem deseja conhecer melhor a rica história da cidade do Rio de Janeiro através de uma de suas festas mais conhecidas: o carnaval.

DATA: 21 DE JANEIRO A 18 DE FEVEREIRO
LOCAL: CINÉDIA CRIATIVA. Rua Santa Cristina, 5 - ESTAÇÃO GLÓRIA DO METRÔ
AULAS: 3ª feiras de 19 às 21 horas
CONTATOS: 22212633 ou  cinediacriativa@gmail.com
VALOR DO CURSO: 150,00

Esse curso você não pode perder!