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domingo, 29 de abril de 2012

Do mundo ao Rio: contribuições estrangeiras

Stefan Sweig
Há alguns dias minha filha comentou comigo sobre uma palestra que assistira  na faculdade e me fez pensar sobre as contribuições estrangeiras à cultura brasileira dos estrangeiros que, desde sempre vêm pisando plagas cariocas.
São pintores, escultores, literatos, artistas, um sem número de europeus vieram, e muitos ficaram e aqui morreram, deixando uma inestimável contribuição cultural.

Por óbvio não tenho como citá-los todos por falta de espaço, tempo e uma pesquisa mais acurada. Mas, mesmo assim, faz-se necessário incluí-los quando pretendemos culturalmente, falar do Rio de Janeiro.

Tenho em mãos um livro, distribuído na UFF, pelo jornalista Alberto Dines, Stefan Sweig vive! . É um livro da Casa Stefan Zweig. Além de apresentar vários trechos da obra deste autor, biógrafo de inúmeros personagens, cita outros alemães, que, em dado momento aportaram no Rio e por aqui desenvolveram seu trabalho. São eles, dentre os citados: a pintora e artista gráfica Charlotta Adlerova (1908-1989),a pianista Felicja Blumental (1908-1991), o escritor e publicista Otto Maria Carpeaux (1900-1978), o jornalista e escritor Ernets Feder (1881-1964),  o ator e diretor de teatro e TV Zbigniew Ziembinski (1908-1978), etc.

Rodolfo Bernardelli
Lembro também, na minha área, de História da Educação, de citar os franceses Defontainne e Henri Hauser, dentre outros, contratados pela Universidade do Distrito Federal, para aqui ministrarem aulas e serem, dentro da política externa francesa daquele momento (anos 1920/30), "embaixadores"  para a formação de aliados no futuro que se desenhava após o Tratado de Versalhes.

Recordo, também Herrique Bernardelli (1857-1936), chileno, pintor e seu irmão Rodolfo Bernardelli, mexicano de nascimento (1852-1931), que além de discípulos e seguidores, tantas e variadas obras deixaram.

Enfim, de muitas partes do mundo vieram, homens e mulheres que deixaram significativa marca em nossa cultura. Talvez por isso, europeus, americanos, asiáticos, ele ou ela, se encantam com esse jeito de ser que, como cariocas, orgulhosamente exibimos, sem saber que, ao lado das nossas genéticas embricadas de negros, brancos e índios, acumulamos, por cultura, as muitas culturas do mundo.

E aí, sem saber, se reconhece o estrangeiro, no mais carioca que temos: o compartilhamento cultural.

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