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domingo, 8 de dezembro de 2013

A PROPAGANDA COMO RECLAME E COMO OBRA DE ARTE





A propaganda, no Brasil, tem início no século XIX com o desenvolvimento urbano e pela multiplicidade que surge de diferentes atividades profissionais que necessitam publicizar sua existência face ao capitalismo e consumo que chegava a um maior de pessoas. Os primeiros anúncios ganham espaço nos jornais e “vendem” uma diversificada massa de bens que variam de escravos a imóveis, de oferta de serviços a divulgação de profissionais liberais, como advogados, médicos, professores...
Os anúncios nos jornais tinham pouca ilustração, sempre bem feita e convidativa ao produto e um texto explicativo dos benefícios da mercadoria anunciada. Alguns produtos legitimavam-se por terem recebidos prêmios nas Exposições Universais. O primeiro jornal a ocupar-se somente de propaganda foi o periódico Diário do Rio do Rio de Janeiro, em 1821. Com a  crescente urbanização, o capitalismo que se consolidava na cidade do Rio de Janeiro e a chegada de imigrantes como trabalhadores  mais qualificados, os jornais modernizam sua atividade gráfica o que lhes possibilita um maior número de leitores e, consequentemente, a propaganda neles impressa alcança um maior número de possíveis consumidores. O tipo de propaganda mais comum é o de remédios que alcançam, inclusive, os bondes, transporte público regular de que a cidade dispunha. A propaganda, a ser divulgada, prendia o público consumidor, também, pelo cuidado de escolha da ilustração que mais das vezes era obra pintores e ilustradores ligados ao periódico ou a empresa que desejava divulgar e comercializar, assim, as pinturas ou caricaturas sempre deixavam o traço característico de seu autor. Muito comum, desde 1880 com o aparecimento da fotografia no Brasil, que se usassem como base e inspiração do reclame, fotografias que, se impressas não teriam boa qualidade de reprodução além de exigirem um avanço tecnológico que aqui chegava a lentos passos. Nos primeiros anos da república (1890-1900) o modelo art nouveau era o preferido principalmente porque a belle époque era o mento vivido pelo Rio de Janeiro que desejava igualar-se a Paris.

 



 "Assim, cartazes, embalagens de produtos, folhetos e os anúncios, publicados nas páginas das cada vez mais requintadas revistas ilustradas, apresentavam os produtos mergulhados entre sedutoras figuras femininas envoltas por suas longas cabeleiras esvoaçantes, tecidos drapeados e ornamentos em forma de flores, mosaicos, pássaros, estrelas e uma infinidade de curvas. A imagem fotográfica, nesse contexto, parecia despojada demais, pouco “criativa” com seu automatismo e nada “artística” para se sobrepor a ilustração a traço". 
(PALMA,Daniela. Do registro à sedução: os primeiros tempos da fotografia na publicidade brasileira s/ano. Disponível em http://www.historica.arquivoestado.sp.gov.br/materias/anteriores/ 
edicao01/materia01/do_registro_a_seducao.pdf)










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