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domingo, 22 de dezembro de 2013

Noite de Natal na cidade do Rio de Janeiro, no início do século XX: a visão de João do Rio

JOÃO DO RIO





                João do Rio (1881-1921) foi o pseudônimo adotado por João Paulo Emílio Cristóvão dos Santos Coelho Barreto. Escreveu contos, livros, crônicas, peças de teatro sobre um tema recorrente: a cidade do Rio de Janeiro. Por conta de seus escritos podemos hoje ter uma ideia da vida carioca no início do século. Era um homem culto, viajado e gostava de vestir-se bem, era um “dândi”,  apreciava  viver intensamente a vida da cidade nos cafés, nos morros, ou nas ruas onde a vida existisse  e pudesse ser contada. Considerava-se um "flaneur”, isto é, um passeador sem compromisso, e de suas andanças, sempre riquíssimas em detalhes que os livros de história não contam, podemos sentir a cidade pulsando em cada palavra, acento, reticências... Suas impressões apresentam a dinâmica social na cidade que se transformava topográfica, arquitetônica e socialmente para representar uma “civilização” que não tinha.
                João do Rio trabalhou nos seguintes órgãos da imprensa: jornal Cidade do Rio (1899). Rio Jornal, A Pátria (1926) e a revista Atlântica (1915) além de colaborado também em periódicos de São Paulo e Portugal. Fundou e foi o primeiro diretor da Sociedade Brasileira de Autores Teatrais (1917). Segundo seu biógrafo, João Carlos Rodrigues, a obra de João do Rio pode ser considerada o «mais fértil material sobre a cidade do Rio de Janeiro nas duas primeiras décadas deste século, interessando igualmente a historiadores, antropólogos, urbanistas e folcloristas».
                Foi este autor, memorialista, que escolhi para apresentar o Natal no Rio de Janeiro. A crônica apresenta a visita do autor a quatro igrejas, os tipos que ali estão, definindo as classes sociais e interesses de cada um, na noite de Natal.

                “A missa do "galo" não começa precisamente à meia-noite e não tem a obrigação de acabar antes de uma da manhã. A missa só, sem galo, o divino sacrifício de que os casuístas espanhóis do século XIII faziam a anatomia – talvez tivesse em tempos remotos uma hora precisa, exata, confirmada pelo dogma. O galo, porém, varia e canta, ou adiantado ou com atraso. Ora, o chamar a missa do Natal de Cristo missa do galo é ainda um costume latino. Os romanos contavam as horas com uma certa poesia. Logo depois da media nocte, chamavam eles ao tempo gallicinium, hora em que o galo começa a cantar. A missa realizada, assim, após a media nocte, ficou sendo a missa do galo, e é ainda o velho e desusado gallicínium que se recorda quando os sacerdotes levantam a hóstia nos altares, e de capoeira em capoeira, sonoro e glorioso, se propaga o diálogo dos galos: Cristo nasceu! Onde? Em Belém...
               
IGREJA DE SANT'ANNA


                Eu estava exatamente defronte da igreja de Santana[1], dispondo de um automóvel possante. Era a mais que alegre hora da meia-noite que alguns temperamentos românticos ainda julgam sinistra. Aquele trecho da cidade tinha um aspecto festivo, um estranho aspecto de anormalidade. Das ruas laterais vindo em fila famílias da Cidade Nova, primeiro as crianças, depois as mocinhas, às vezes ladeadas de mancebos amáveis, depois as matronas agasalhadas em fichus; vinham marchando como quem vai para a ceifa, grossos machacares, de chapelão e casaco grosso; vinham gingando negrinhas de vestido gomado; "cabras" de calça bombacha, velhas pretas embrulhadas em xales. Era como uma série de procissões em que as irmandades se separavam segundo as classes. No adro, repleto, havia uma mistura de populaça em festa. Grupos de rapazes berravam graças, bondes paravam despejando gente, vendedores ambulantes apregoavam doces e comestíveis; todos os rostos abriam-se em fraterna alegria, e naquela sarabanda humana, naquele vozear estonteante, uma nota predominava – a do namoro. Os rapazes estavam ali para namorar, para aproveitar a ocasião. Os encontros tinham sido de antemão combinados. Quando um grupo familiar encontrava um rapaz o – oh! seu Antenor! Também por aqui! a resposta: oh! d. Belinha, então também veio! – soavam como quem diz: oh! não faltaste... Havia de resto pares de braço dado, meninas que murmuravam frases ao lado dos mocetões, sob o olhar protetor das mamães... A missa era um alegre pretexto e, se na classe burguesa o namoro tinha uma cor tão suave, nas outras irmandades o entusiasmo era maior. Entrei no templo atrás de um grupo de mocinhos entusiasmados, um dos quais teimava que havia de apertar, enquanto outro, com uma carta de alfinetes, asseverava estar disposto a pregar alguns pares. O grupo ria, a igreja estava repleta, quente, ardendo na nave de humanidade pouco crente, ardendo de doçura superior nas velas dos altares. Mocinhas irrequietas, rindo, abriam passagem; rapazes lamentavelmente espirituosos estabeleciam o arrocho, empurrando o corpo como quem vai dançar o cakewalk e pretalhões de pastinhas, erguendo alto os chapéus de palha, violentavam a massa com os cotovelos para chegar ao altar-mor. No ar parado um sino bateu. Houve uma interjeição prolongada da multidão, ia começar a missa. Era a missa do galo nos bairros...
                Parei na catedral. A enchente era tão colossal que havia gente até na rua.

                O templo ardia em luzes. De fora viam-se os sacerdotes de sobrepeliz dourada, a candelária luminosa, os santos, e toda a igreja vibrava das graves harmonias do órgão, realçadas por um coro abaritonado. A turba tinha outro aspecto. Senhoras de chapéu, cavalheiros sempre com esse amável ar conquistador que o homem se arroga nas festas públicas, de mistura com fuzileiros navais, marinheiros alcoolizados, caixeirinhos do comércio de roupa nova e com os olhos cheios de sono.
                Toda essa gente conseguia entrar e sair, fazer como um torvelinho à porta, onde duas senhoras vestidas de negro, esticando uma sacola, diziam maquinalmente: – para a cera! para a cera! Ninguém dava, ninguém se ralava. O sopro de excitação dos sentidos parecia recrudescido pelo sopro musical do órgão. Figuras que saíam da igreja vinham algumas congestas; as que entravam tinham uma violência aguçada no olhar. Na rua, como que farejando, sujeitos iam e vinham entre os grupos de malandros ébrios, de negros de capa no braço com um ar de copeiros de casa rica, de mulheres conversadeiras. Encontro um repórter de jornal.

– Oh! tu também! que pândega, filho! Mas espera...

Indagou com o olhar a rua, sorriu, apertou-me o braço, apressado:

– Até logo.

Dou de frente com um bando de gente de teatro. Uma das atrizes assegura:

– Estou com os braços doendo...

E logo depois, deixando a atriz, encontro o protetor.

– Viste-a por aí? Olha só aquela família com crianças. Só nesta terra! Eu não! Ceei com meus filhos: às dez horas tudo na cama, e às onze deixei de ser pai-de-família.

– Muito bem.

Era a missa do galo na cidade...Que tinha eu? Desgosto? Tristeza? Dor de cabeça? Sei lá! Despedi-me do ex-pai-de-família, tomei de novo o automóvel que logo deslizou pela Rua da Assembléia para cair numa vertiginosa carreira pela Avenida Central.

– Que é aquilo?

– É a missa do convento da Ajuda[2].

CONVENTO DA AJUDA (1907)


                Saltei. A rua estava negra de gente. Os focos elétricos da Avenida mais de sombra enchiam aquele canto – a porta tão triste onde a turba se acotovelava. Um sujeito valente pisou três ou quatro pés, barafustou. Acompanhei-o. Era a missa lá dentro imersa em tristeza infinda. Até os altares pareciam mais agourentos, até as imagens guardavam na face uma dor mais amarga. E a missa trespassava a alma, porque, enquanto o sacerdote ia e vinha no altar, por trás, na sombra, perpetuamente na sombra, morta, enterrada, perdida para o mundo, a voz das monjas varava o ar como o som de um cristal quebrado, retorcia-se no sacrifício do louvor do deus que nascera de um seio humano, espiralava como uma contorção histérica, soluçava cantando...

Ia mais adiante, mas na minha frente um latagão bocejou:

– Que cacetada!

– É verdade, vamo-nos, respondeu a companheira.

– Ainda temos tempo de ir a Copacabana.

Consultou o relógio e começou a sair, imprimindo tal movimento à massa de gente, que eu, com outros mais, de recuar tanto, me achei de novo na porta triste e humilde.

– Ó José, vamos a Copacabana?

– Anda daí.

Copacabana devia ser divertido. Tomei de novo o automóvel e disse ao chauffeur:

– Para Copacabana.

TRAMWAY (COLEÇÃO A. MORRISON)



                Naquele delicioso percurso da Avenida Beira-Mar, toda ensopada de luz elétrica, outros automóveis de toldo arriado, outros carros, outras conduções corriam na mesma direção. Homens espapaçados nas almofadas davam vivas, mulheres de grandes chapéus estralejavam risos, era uma estrepitosa e inédita corrida para Cítera. Quando, no fim da avenida, os automóveis seguiram pelas antigas ruas, cada encontro de bonde era uma catástrofe. Os tramways, apesar de comboiarem três carros, iam com gente até aos tejadilhos, e essa gente furiosa, numa fúria que lembrava bem a vertigem de Dionísios, berrava, apostrofava, atirava bengaladas num despejo de corpos e de conveniências. Entretanto, pelas mesmas ruas, a corrida aumentava e era uma disparada louca entre vociferações, sons de corneta, tren-ten-tens de bondes, estalar de chicote. Quando passamos o túnel num fracasso de metralha e demos nos campos de Copacabana, a velocidade foi vertiginosa, e era apenas vagamente que se divisavam, fugindo à sanha dos fon-fons, ao estrépito das rodas, a linha de fiéis da redondeza marginando o capinzal e, à esquerda, num diadema de estrelas, a iluminação da Igrejinha. Recostei-me. O automóvel saltava como um orango ébrio, no piso mau. De repente fez uma curva e entrou numa rua cheia de gente, de carros, de outros automóveis. Estávamos no grande sítio.

IGREJINHA DE COPACABANA, 1895 (FOTO MARC FERREZ)


– É aqui?

– É.

                Cerca de três mil pessoas – pessoas de todas as classes, desde a mais alta e a mais rica à mais pobre e à mais baixa, enchia aquele trecho, subia promontório acima. E o aspecto era edificante. Grupos de rapazes apostavam em altos berros subir à igreja pela rocha; mulheres em desvario galgavam a correr por outro lado, patinhando a lama viscosa. Todos os trajes, todas as cores se confundiam num amálgama formidável, todos os temperamentos, todas as taras, todos os excessos, todas as perversões se entrelaçavam. Quis notar o elemento predominante. Num trecho havia mais pretas com soldados. Adiante logo, o domínio era de gente de serviço braçal, um pouco mais longe a tropa se fazia de rapazelhos do comércio e, se dávamos um passo, outro grupo de mocinhas com senhores conquistadores se nos antolhava. Todo esse pessoal gritava.
                Logo na subida encontrei um meninote engolindo uns restos de vinho do Porto pelo gargalo da garrafa. Em meio do caminho um grupo do Clube dos Democráticos, de guarda-chuva branco e preto, tocava guitarras e assobios. De todos os lados partiam cantos de galo. Os cocoricós clássicos vinham finos, grossos, roufenhos, em falsete: – Cocoricó! Cocoricô!

–Já ouviste cantar o galo?

– Pois hoje não é a missa dele?

– Cocoricó! pega ele pra capar!

– Pega!

                A igrejinha[3] estava toda iluminada exteriormente à luz elétrica. Defronte de sua fachada lateral haviam armado um botequim. A turba arfava aí, presa entre a bodega e o templo. Quando eu passei, porém, a bodega fora devorada e bebida. Os caixeiros tinham trepado para os balcões no desejo de apreciar a cena. Fiz um violento esforço para entrar na igreja. À porta havia uma verdadeira luta e dentro ninguém se podia mexer. Divisei apenas como indicação humilde do dia – um presepe no lado esquerdo, um presepe com pano de fundo representando fielmente um trecho de Cascadura, e estava assim embebido, quando de repente estalou o rolo, o rolo rápido e habitual. Um sujeito apanhara uma bengalada, levantara o guarda-chuva, uma menina gritara: – nunca mais venho à missa! E no roldão da turba medrosa, de novo caí na ladeira, ouvindo os cocoricós, as chufas, as graças sórdidas:

– Pega pra capar! Cocoricó! Já ouviste o galo?

                No céu cor de chumbo, ameaçador de temporais, espocavam girândolas de foguetes. E todo aquele trecho, mais aquecido, mais feroz, mais cheio de gente redobrava de deboche, de frenesi pândego, de loucura, quebrando copos, cantando, assobiando, praguejando, ganindo.
Atirei-me dentro do automóvel, exausto. A máquina disparou outra vez, lutando agora contra a massa dos carros, dos automóveis, dos tramways [4]que chegavam.

– Onde é a Lapa do Desterro [5]?

– Quer ir lá? É uma igreja de gente pobre. E na Lapa.

– Pois vamos lá.

IGREJA DA LAPA DO DESTERRO


                O automóvel quebrou pela Rua da Lapa, parou defronte da velha igreja. Eram duas horas da manhã. Havia à porta a mesma matula de homens endomingados à espera da conquista, a mesma sarabanda de sirigaitas. Entrei. O tapete do templo, velho, esfarripado, tinha por cima, em alguns trechos, folhas de mangueira. No altar-mor, dos lados, entre panos azuis, ardiam dois bicos auer[6], e aquela luz azul como transfigurava o rebátulo, os acessórios, os ouros despolidos. A concorrência era menor, na nave, mulheres de xale formavam roda conversando. Andei por ali tristemente. Ao sair, porém, vi de joelhos um homem.
                De joelhos? Na missa do galo? Deus! Quem seria aquele pobre coitado? Aproximei-me. Era um rapaz – teria no máximo vinte anos. Ao lado o seu chapelão de coco repousava junto à grossa bengala. No seu corpo ajustava-se demais um grosso fato de inverno aldeão. De mãos postas, a face ingênua voltada para o altar, esse ser, numa noite báquica, era tão anormal, tão extraordinário, que eu cheguei bem perto, olhei bem, fui ao ponto de curvar-me para lhe espiar os olhos. O pobre sobressaltou-se.

– Meu senhor!

– Que está você a fazer aí?

– Que estava? Ah? Perdão... Estava a rezar, estava a pedir ao Menino Deus que dê saúdinha aos pais lá na terra e que me proteja.

– Donde é você?

– Saberá V. S a que do Douro, sim senhor.

                Falava de joelhos, a sorrir para mim; pobre alma ingênua e pura de aldeia, pobre alma que se ia putrefazer na grande cidade, único coração que adorara Deus entre as dez mil pessoas vistas por mim!
                Oh! Tive um ímpeto, o desejo de abraçá-lo, a sensação de quem, após uma longa desilusão, sente viva no abismo fundo a flor maravilhosa. Mas já em torno se fazia roda de ociosos, já um sujeito surgira com um riso de troça.

– Pois faz muito bem. Adeus.

– Adeus, meu senhor!

– E continuou – ó coisa incrível! – de joelhos, voltado para Deus, lembrando a sua aldeia, lembrando os paizinhos, pedindo o bem – enquanto pela cidade inteira as ceatas e as pândegas desencadeavam os ímpetos desaçaimados...”


FONTE: RIO, João. "Como se Ouve a Missa do Galo" crônica publicada em 1906.










[1] Em 1753 a região onde hoje existe o Campo de Santana passou a ser assim denominada porque, com o surgimento das primeiras chácaras, foi construída ali a igreja dedicada a Nossa Senhora de Santana.
[2] O antigo convento das religiosas de Nossa Senhora da Conceição, mais conhecido pelo nome de Convento da Ajuda, foi inaugurado num sábado, dia 30 de março de 1750, com grandes festejos populares, a que assistiu o governador Gomes Freire de Andrade, Conde de Bobadela. O enorme casarão ficava situado na Rua da Ajuda, uma das mais importantes do velho Rio de Janeiro, atualmente reduzida a um diminuto trecho com o nome de Rua Chile. Começava aquele logradouro na Rua São José, junto à Igreja do Parto (já demolida) e terminava no “mar de Santa Luzia”. Na esquina da Rua do Passeio, onde é hoje a “Cinelândia”, ficava o Convento. As noviças que ali se enclausuravam, por livre e espontânea vontade, tinham o título de “conversas”. Até aos últimos dias do primeiro reinado, por ocasião das festas do Natal e Reis, acorria o povo à Rua da Ajuda para ouvir o seu cântico religioso. Com o correr dos anos, porém, tornando-se o local impróprio para uma casa claustral, cedeu o Convento às exigências urbanísticas da cidade, sendo transferido para Vila Isabel e demolido.
[3] Onde hoje temos o Forte de Copacabana ficava a Igrejinha de Copacabana. Foi demolida em 1918 para dar lugar ao forte de Copacabana.  A imagem de Nossa Senhora de Copacabana, que deu nome ao bairro, foi levada pela família Tefé para a cidade de Corrêas, em Petrópolis. Não se sabe ao certo quando a Igrejinha de Copacabana foi fundada e construída. Existem documentos mostrando que, em 1732,  o bispo frei Antônio de Guadalupe, pedia consertos no telhado da igreja, paredes, etc..
[4] Em meados de 1872 surge a palavra bonde, originada pelo fato que naquela época as passagens custavam 200 réis, e não existiam moedas de prata cunhadas deste valor em circulação. Diante disso, a empresa emitiu pequenos cupons ou bilhetes em grupo de cinco, pelo preço de um mil réis, devido à grande quantidade de cédulas deste valor em circulação. Os bilhetes, ricamente ilustrados impressos nos EUA, eram conhecidos como Bonds, (bônus, ação). A própria empresa denominava bond tais cupons, por entender que representava o compromisso assumido de, em troca, transportar o portador em de seus veículos tramways. Com o tempo o povo passou a denominar no próprio sistema carril de ferro urbano, o tramway, como bond, designação que mais tarde se consagrou com o neologismo “bonde”.
[5] Em 1751 o local era apenas um pequeno seminário criado pelo Padre Ângelo Siqueira Ribeiro do Prado em louvor a N. S. da Lapa. A igreja veio a ser construída pelos Carmelitas em 1810, junto ao Convento que foi destruído por um incêndio. Ocorreram muitas reformas, e o prédio que hoje se vê é bem mais recente, contudo guarda algumas relíquias valiosas, como telas cuja autoria é atribuída a João Silva. São atribuídas a Mestre Valentim as imagens dos Apóstolos, chapeadas em prata que constam do acervo da igreja.. A igreja tem apenas uma torre tem explicação. Antigamente as igrejas só eram consideradas totalmente construídas quando a segunda torre ficava pronta. A partir daí é que se começava a pagar impostos ao governo. Por isso é que algumas igrejas têm só uma torre, oficialmente não foram terminadas e assim não pagavam impostos.
[6] Bicos auer eram bicos para iluminação a gás. 
     

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