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quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

CHOVE CHUVA, CHOVE SEM PARAR...





O registro de chuvas e inundações na cidade do Rio de Janeiro não é recente. Consta da História do Rio desde sua fundação. No século XVI Jean de Lèry já descrevia a “estação das chuvas” na cidade. A antiga rua Primeiro de Março já foi inundada mais de uma vez. Dizem os estudiosos que a chuva  intensa permitiu a invisibilidades dos navios de Duguay Trouin, em 1711,Chuva e neblina permitiram até que o corsário francês Duguay Trouin chegasse às portas da cidade em 1711, quase sem ser notado, e pudesse exigir vultuoso resgate para “libertar” a cidade. Só para ter ideia da esquadra do corsário francês, que não foi avistada à tempo de propiciar a defesa da cidade, os historiadores contam sete enormes navios de 54 a 74 canhões, seis fragatas de 22 a 44 canhões, uma galeota, duas embarcações de passageiros,  armados em galeotas e um barco de carga. No final do século XVIII a Rio de Janeiro, após chuva ininterrupta de três dias de chuva forte quase leva ao colapso a população que se refugiou em  igrejas, “rogando aos céus pelo fim do flagelo”.


Rua 1º de Março, início século XX.

Em 1811, pós uma semana de chuvas ininterruptas, houve desabamento no antigo Morro do Castelo com perda de muitas vidas, o que levou D. João VI a abrir um inquérito sobre o terrível acidente. Ao pesquisar sobre a compra de terreno para erguer, na Rua Mariz e Barros, a sede da Escola Normal do Distrito Federal, em 1927, li sobre as inúmeras críticas da imprensa ao Prefeito por escolher um local “de alagamento constante” para erguer o educandário.

Avenida Brasil, ontem.

Lapa, ontem.

Bangu, ontem.
Ontem, tivemos um desses dias, que a História da cidade já conhece e me vem à mente que, desde 1565, em 2013, ainda não resolvemos o problema. Como historiadora conheço a “indústria da seca” que mantém privilégios e cada vez mais, alija brasileiros de  sua plena cidadania, sem água, ou com água contaminada, como foi descoberto pela imprensa. Pens: será que no Rio temos a “indústria da chuva”? A quem interessa perpetuar por mais de 440 anos esta situação? Mistério!!!!!!!!!!!

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